
Ansiedade, Adolescência e a Vida Depois dos 30 | Com a Palavra
Vamos combinar? Ser adolescente não é nada fácil. Os adultos não entendem nossos questionamentos, as nossas preocupações, buscas e a curiosidade por novas descobertas.
Mistura, então, essa montanha russa de emoções internas com a incompreensão dos adultos e a ansiedade? Pois é...
Eu sempre fui uma pessoa muita ansiosa que procurou diversos tratamentos, principalmente, na adolescência para isso. E eu tinha picos de reações: uma hora, eu queria brigar com qualquer pessoa, outra hora, eu chorava (escondido) por qualquer coisa e em outra, eu me fechava e não queria falar com ninguém.
Na real, eu não queria compartilhar exatamente o que eu sentia, muito menos, quem eu era (se é que eu tinha alguma noção disso nessa fase). Por conta disso, eu tinha medo de falar com as pessoas. Sim, medo! "O que as pessoas vão pensar de mim?"
Era assim que eu pensava o tempo todo e por isso, não socializava muito. E é estranho pensar sobre isso, porque até meus 13 anos, eu participava de todas as festas e reunião de amigos e família (que meus pais deixavam eu ir) e amava estar ali com a galera.
De repente, os sentimentos mudaram...
"A ansiedade avisa o indivíduo sobre a possibilidade de frustrações das suas necessidades sociais, ameaça ao sucesso ou status, separação das pessoas que ama, a impotência de realizar o que deseja, e também a possíveis danos a integridade física" (Site Psicólogos SP)
Frustrações...Está aí algo que me assustava e que eu não sabia qual era a palavra para definir o medo que eu sentia na época. Não era só a frustração que eu poderia sentir das pessoas, mas também das pessoas comigo.
E aí voltamos para a adolescência que é a fase em que mais sentimos a necessidade de fazermos parte da sociedade, de um grupo, porque "O que vai ser de mim se eu não for aceito por ninguém?".
Só que nem por isso eu conseguia me incluir nos grupos. Sempre me senti um bicho do mato na escola. Acho que foi só no CEPAV, escola onde eu e a Patti estudamos todo o Ensino Médio juntas, que eu comecei a ver esse mundo de outra forma, poque até então eu vivia numa caixinha. Éramos eu e a ansiedade. Só. (Falo um pouco disso no nosso último vídeo - abaixo)
No 3º ano, veio toooooda aquela cobrança para decidir o que fazer para "o resto da vida": faculdade.
E tudo o que eu consegui me abrir mais ao longo do Ensino Médio foi trancado à 7 chaves entre os meus 18 e 19 anos. Parei a minha vida. Não estudava. Não trabalhava. Sabe por quê? Ansiedade. Medo.
Não que eu não quisesse realizar os meus sonhos, mas "Por que eu tenho que decidir isso agora? E se eu decidir, será que vai dar certo?"
Ainda acho muito cruel a escolha de uma profissão aos 17 anos (ou antes). Nessa idade, não vimos nada da vida ainda!
Enfim, mas aos 19 anos, eu não aguentava mais a pressão (minha e dos meus pais) e eu queria muito, sim, fazer uma faculdade. Ali, foi um recomeço...
Aos poucos, fui me desprendendo do medo e da ansiedade, tudo porque a minha vontade de ter e conquistar as minhas coisas começou a crescer em mim.
Hoje, acabo de fazer 31 anos. Muitas outras coisas aconteceram dos meus 19 anos até agora (a Patti bem sabe e diz que eu ainda preciso escrever um livro sobre rs), inclusive a crise dos 30. Porque, né, gente...TRINTA!! Era exatamente assim que a idade soava na minha cabeça enquanto o aniversário se aproximava.
O engraçado é que agora eu olho para toda a minha história, os questionamentos, a fase tão difícil que foi a adolescência, a minha ansiedade, as cobranças, a crise dos 30 e agora posso te dizer:
A vida a partir dos 30 é libertadora!!!
E só tive clareza, recentemente, o que muda a partir dessa idade: a auto aceitação.
Até os 30 anos, a gente já passou por tantos amores, desamores, alegrias, tristezas e decepções que, enfim, começamos a olhar mais para nós. Passamos a nos ver de outra forma, a opinião alheia sobre você passa a não ser algo tão importante, porque passamos a nos gostar mais, a nos aceitar.
O meu ano dos 30 foi o mais agitado em anos!! Eu me abri mais, conheci e reencontrei várias pessoas, passei por uma transição de carreira e comecei a ter vontade de fazer coisas que, antes, eu achava que não tinha mais idade. Passei a dar valor à pequenos detalhes, pequenos momentos e assim, a querer mais SER do que TER.
As cobranças e preocupações mudaram e a minha ansiedade ainda é alta, mas hoje tenho mais segurança. Não no amanhã, porque a pessoa ansiosa odeia não saber o que vai acontecer rs, mas fico mais à vontade, hoje, com os meus pensamentos e sentimentos, em descobri-los e aceita-los para buscar viver sempre a minha melhor versão.
Bem que me falaram: a idade e a maturidade realmente fazem bem...
*Se você se identificou com os trechos em que falo sobre a ansiedade e percebe que a sua vida não vai para frente por conta disso, procure ajuda de uma pessoa da sua confiança e de um profissional. O quanto antes aceitarmos ajuda, mais rápido nos libertamos para as milhares de possibilidades que a vida tem para nos oferecer ;)
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